quinta-feira, 31 de julho de 2008

Musica nº2


Existem dias de stress e trabalho....ontem foi um desses dias para
mim...

E depois existem dias como hoje, em que tudo o que apetece é relaxar a ouvir uma musica como esta...

Lazy Days - Enya

Lazy old day
rolling away
dreaming the day away
don't want to go
now that I'm in the flow
crazy amazing day
One red balloon
floats to the moon
just let it fly away
I only know
that I'm longing to go
back to my lazy day
And how it sings and how it sighs
and how it never stays
And how it rings and how it cries
and how it sails away... away... away....

sábado, 19 de julho de 2008

Que da ocidental praia lusitana...



O tema de hoje é o Oriente.

Já algum tempo que andava para escrever sobre este tema, mas a vinda de um grande amigo meu de Macau deu o toque final para que o assunto tivesse finalmente direito a ver a luz do dia!
Há quase 600 anos, em 1415 os Portugueses comandados pelo Rei D.João I, Mestre de Avis (o mesmo que fez par com a Dona Brites de Almeida em Aljubarrota) entra em Ceuta, dando o pontapé de saida para os descobrimentos portugueses. No século seguinte a Cruz de Cristo haveria de ser levada até à China, Japão e Mar de Timor.
A presença administrativa haveria de se prolongar até 1999 com o baixar da bandeira em Macau...mas que ficou para alem disso, desses 6 séculos de presença?
Que resta nas praias de Ormuz, Goa, Damão? Malaca? Nagazaki, etc?
Resta as ruinas materiais e espirituais do que foi em tempos o nosso poder , de como um pequeno país com um milhão de habitantes em 1500 se lançou em barcos numa viagem de 6 meses para estabelecer um império do outro lado do mundo. Fortes foram levados como se de legos se tratassem, pequenas guarnições de soldados e aventureiros ousaram desafiar impérios milenares (Persa por exemplo...), missionários foram martirizados (no Japão por exemplo), mas o sonho cumpriu-se...a história ficou...
Passamos os 5 séculos seguintes a lamentar o que podiamos ter conseguido...ainda hoje o fazemos...
Que resta agora? Será que o lema "Dar novos mundos ao mundo" e a esfera armilar na Bandeira Portuguesa já nada representa?
Depende de cada um ter presente esse espirito, essa alma lusitana que é sem duvida o nosso maior trunfo nesta época de globalização!

domingo, 6 de julho de 2008

Livro nº2

Como segunda sugestão de leitura, deixo-vos o livro que me despertou para a obra de Anton Tchekhov.

A "Estepe" conta a historia de uma pequena viagem de um miudo de nove anos rumo à escola...isto na planicie russa do final do século XIX.

Os contos de Tchekhov são de uma simplicidade incrivel tanto do enrendo como das histórias das suas personagens levando-nos ao longo das narrativas para um modo de ver a vida que muito se distancia do estilo de vida actual....
Peguem na versão de bolso do livro, vão até ao campo e percam umas horas com o livro...garanto-vos que vale a pena...não vão é depremidos para lá...porque os contos de Thekhov não vão ajudar!


sábado, 5 de julho de 2008

Musica nº 1



Hoje chegou a vez da primeira musica dar entrada no blog, como estou na minha terra natal; depois de um passeio nocturno pelas ruas da localidade a ouvir histórias e estórias de cada recanto...que melhor musica senão esta? Provavelmente não conhecem...mas o poema é delicioso...(do Carlos Tê que mais se poderia esperar?)

http://www.youtube.com/watch?v=bqMvwxsey8g

A Gente Não Lê
Rui Veloso
Composição: Carlos Tê / Rui Veloso


Aí senhor das furnas
Que escuro vai dentro de nós
Rezar o terço ao fim da tarde
Só para espantar a solidão
Rogar a deus que nos guarde
Confiar-lhe o destino na mão
Que adianta saber as marés
Os frutos e as sementeiras
Tratar por tu os ofícios
Entender o suão e os animais
Falar o dialecto da terra
Conhecer-lhe o corpo pelos sinais
E do resto entender mal
Soletrar assinar em cruz
Não ver os vultos furtivos
Que nos tramam por trás da luz
Aí senhor das furnas
Que escuro vai dentro de nós
A gente morre logo ao nascer
Com olhos rasos de lezítia
De boca em boca passar o saber
Com os provérbios que ficam na gíria
De que nos vale esta pureza
Sem ler fica-se pederneira
Agita-se a solidão cá no fundo
Fica-se sentado à soleiro
A ouvir os ruídos do mundo
E a entendê-los à nossa maneira
Carregar a superstição
De ser pequeno ser ninguém
E nã quebrar a tradição
Que dos nossos avós já vem...