sábado, 30 de outubro de 2010

De volta a casa...


Lá fora a chuva bate, estou deitado na cama...o dia foi intenso...

Viajar de comboio pela linha da Beira Baixa...sentir a proximidade a casa....reencontrar os meus pais...voltar a andar nas ruas da minha aldeia e cidade...

Dois meses que passaram num ápice...e que num momento bateram....naquele momento em que desci as escadas do comboio para a plataforma...

Reencontrar amigos, fazer planos para os próximos dias.sentir o telemóvel português tocar uma e outra vez.....reencontrar o meu Portugal...

E no final da noite...o cálice de Porto como companhia junto à lareira...a vida pode dar muitas voltas...mas esta é a essência...

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

24 horas


Chego a casa e sento-me frente ao PC...para o dia acabar um exercício de Financial Accounting espera por mim. Olho para a mala de viagem...dois meses depois vou voltar a utiliza-la. É estranho estar longe de Portugal e ser a altura em que menos a uso!

Faltam menos de 24 horas para voltar ao meu país. Nestes dois meses desde que atravessei a fronteira em Segura (ainda me lembro de parar o carro e olhar para a placa que dizia Portugal....) conheci tanta gente, tantas realidades, pessoas ambiciosas, simpaticas, bonitas e feias por dentro, do outro lado do mundo ou do outro lado da cidade de Lisboa...dois meses de experiências intensas.

Mas é tempo de fazer uma pausa por 3 dias e voltar ao meu mundo, Portugal:)

terça-feira, 26 de outubro de 2010

"Falar castelhano? Não o que precisamos é de Português."


Toda a gente fala sobre a importancia de falar castelhano, que é uma lingua de futuro, etc....afinal o futuro do mundo está na América Latina certo?

Mas depois de falar com tantas empresas....afinal andam é a procura de quem fale português! Porque? Porque embora existam dezenas de paises na America Latina que falam castelhano...estão todos ou quase todos falidos...e advinhem quem está a crescer como senão houvesse amanha? Brasil!!!!

Logo falar castelhano para um jovem entre os 20 e 30 anos não é assim tão importante....já falar português....

Afinal quem ficou a ganhar com o tratado de Tortesilhas?:)

domingo, 24 de outubro de 2010

Flutua...


"This story shall the good man teach his son;
And Crispin Crispian shall ne'er go by,
From this day to the ending of the world,
But we in it shall be remember'd;
We few, we happy few, we band of brothers;
For he to-day that sheds his blood with me
Shall be my brother; be he ne'er so vile,
This day shall gentle his condition:
And gentlemen in England now a-bed
Shall think themselves accursed they were not here,
And hold their manhoods cheap whiles any speaks
That fought with us upon Saint Crispin's day."

Shakespeare

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Desafio em Barcelona


Nunca fui membro de nenhuma associação de estudantes, no liceu era me completamente indiferente, na universidade também....associações politicamente polarizadas pela extrema esquerda, faz com que muitos estudantes se afastem.

Quando cheguei ao IESE, nunca pensei em fazer parte. Era algo que pensava não tinha nem o perfil nem o carisma necessário. Seria algo para os outros.

Um mês e meio depois de chegar a Barcelona, depois de pensar longamente sobre o tema, e com uns forcings de colegas a ajudar...candidatei-me...mais um pequeno discurso em publico e fui eleito:)

Fomos eleitos 8 do primeiro ano a que se juntam mais 8 do ano passado....e durante dois anos tenho mais este desafio pela frente!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Para reflectir...se tantas vezes tentamos convence os outros e não conseguimos...

Dizia o Padre Antonio Vieira, um dos nomes maiores que o nosso Portugal já deu ao mundo:

"Ou é porque o sal não salga, ou porque a terra se não deixa salgar. Ou é porque o sal não salga, e os pregadores não pregam a verdadeira doutrina; ou porque a terra se não deixa salgar e os ouvintes, sendo verdadeira a doutrina que lhes dão, a não querem receber."


Quem escreve isto é português, obrigado Mourinho.

"Sou português há 47 anos e treinador de futebol há dez. Sendo assim, sou mais português do que treinador. Posto isto, para que não restassem dúvidas, vamos ao que importa…

As Selecções Nacionais não são espaços de afirmação pessoal, mas sim de afirmação de um País e, por isso, devem ser um espaço de profunda emoção colectiva, de empatia, de união. Aqui, nas selecções, os jogadores não são apenas profissionais de futebol, os jogadores são além disso portugueses comuns que, por jogarem melhor que os portugueses empregados bancários, taxistas, políticos, professores, pescadores ou agricultores, foram escolhidos para lutarem por Portugal. E quando estes eleitos a quem Deus deu um talento se juntam para jogar por Portugal, devem faze-lo a pensar naquilo que são - não simplesmente profissionais de futebol (esses são os que jogam nos clubes), mas, além disso, portugueses comuns que vão fazer aquilo que outros não podem fazer, isto é, defender Portugal, a sua auto estima, a sua alegria.

Obviamente há coisas na sociedade portuguesa incomparavelmente muito mais importantes que o futebol, que uma vitória ou uma derrota, que uma qualificação ou não para um Europeu ou um Mundial. Mas os portugueses que vão jogar por Portugal - repito, não gosto de lhes chamar jogadores - têm de saber para onde vão, ao que vão, porque vão e o que se espera deles.

Por isso, quando a Federação Portuguesa de Futebol me contactou para ser treinador nacional, aquilo que senti em minha casa foi orgulho; do que me lembrei foi das centenas e centenas de pessoas que, no período de férias, me abordam para me dizerem quanto desejam que eu assuma este cargo. Isto levou-me, pela primeira vez na minha vida profissional, a decidir de uma forma emocional e não racional, abandonando, ainda que temporariamente, um projecto de carreira que me levou até onde me levou.

Desculpem a linguagem, mas a verdade é que pensei: Que se lixem as consequências negativas e as críticas se não ganhar; que se lixe o facto de não ter tempo para treinar e implementar o futebol que me tem levado ao sucesso; por Portugal, eu vou!

E é isto que eu quero dizer aos eleitos para jogar por Portugal: aí, não se passeia prestigio; aí, não se vai para levar ou retirar dividendos; aí, quem vai, vai para dar; aí, há que ir de alma e coração; aí, não há individualidades nem individualismos; aí, há portugueses que ou vencem ou perdem, mas de pé; aí, não há azias por jogar ou por ir para o banco; aí, só há espaço para se sentir orgulho e se ter atitude positiva.

"Por um par de dias senti-me e pensei como treinador de Portugal. E gostei. Mas tenho que reconhecer que o Real Madrid é uma instituição gigante, que me «comprou» ao Inter, que me paga, e que não pode correr riscos perante os seus sócios e adeptos. Permitir que o seu treinador, ainda que por uns dias, saísse do seu habitat de trabalho e dividisse a sua concentração e as suas capacidades era impensável.

Creio, por conseguinte, que o feedback que saiu de Madrid e chegou à Federação levou a que se anulasse a reunião e não se formalizasse o pedido da minha colaboração.

Para tristeza minha e frustração do presidente Gilberto Madail.

Mas, sublinho, agora já a frio: foi e é uma decisão fácil de entender. Estou ao leme de uma nau gigantesca, que não se pode nem se deve abandonar por um minuto. O Real decidiu bem.

Fiquei com o travo amargo de não ter podido ajudar a Selecção, mas fico com a tranquilidade óbvia de quem percebe que tem nas suas mãos um dos trabalhos mais prestigiados no mundo do futebol.

Agora, Portugal tem um treinador e ele deve ser olhado por todos como «o nosso treinador» e «o melhor» até ao dia em que deixar de ser «o nosso treinador». Esta parece-me uma máxima exemplar: o meu é o melhor! Pois bem, se o nosso é Paulo Bento, Paulo Bento é o melhor.

Como português, do Paulo espero independência, capacidade de decisão, organização, modelagem das estruturas de apoio, mobilização forte, fonte de motivação e, naturalmente, coerência na construção de um modelo de equipa adaptada as características dos portugueses que estão à sua disposição.

Sinceramente, acho que o Paulo tem condições para desenvolver tudo isso e para tal terá sempre o meu apoio. Se ele ganhar, eu, português, ganho; se ele perder, eu, português, perderei. Mas eu também quero ganhar.

No último encontro de treinadores que disputam a Champions League, quando questionado sobre o poder dos treinadores nos clubes, ou a perda de poder dos treinadores face ao novo mundo do futebol, sir Alex Fergusson disse (e não havia ninguém com mais autoridade do que ele para o dizer!) que o poder e a liderança dos treinadores depende da personalidade dos mesmos, mas que depende muitíssimo das estruturas que os rodeiam. Clubes e dirigentes fragilizam ou solidificam treinadores.

Eu transponho estas sábias palavras para a selecção nacional: todos, mas todos, neste país devem fazer do treinador da selecção um homem forte e protegido. E quando digo todos, refiro-me a dirigentes associativos, federativos e de clubes, passando pelos jogadores convocados e pelos não convocados, continuando pelos que trabalham na comunicação social e terminando nos taxistas, políticos, pescadores, policias, metalúrgicos, etc. Todos temos de estar unidos e ganhar. E se perdermos, que seja de pé.

Mas, repito, há coisas incomparavelmente mais importantes neste país que o futebol. Incomparavelmente mais importantes… Infelizmente!

Aproveito esta oportunidade para desejar a todos os treinadores portugueses, aos que estão em Portugal e aos muitos que já trabalham em tantos países de diferentes continentes, uma época com poucas tristezas e muitas alegrias.

Ao Xico Silveira Ramos, manifesto-lhe a minha confiança no seu cargo de Presidente da ANTF.
Um abraço a todos.
José Mourinho"

Força Chile


A esta hora engenheiros chilenos trabalham para trazer de volta ao mundo os mineiros encerrados a 69 dias nas profundezas da terra....se a fé que uma nação demonstra nestes dois meses faz tocar qualquer um...os primeiros sucessos desta madrugada não deixam ninguém indiferente.


Força Chile!

Pomada nº 35 - Portugal aqui presente


Depois de um interregno nesta secção, voltei este fim de semana às lides normais com a abertura de mais uma estreia. Por terras do Reino da Catalunia a escolha recai....num Porto!

Ramos Pinto pois então, quinta única: Santa Maria da Ervamoira, 10 anos guardado a captar aromas e sabores que apenas as gentes do Douro sabeevidenciar.

Um excelente Porto, mas se bem me lembro do preço....um pouco puxado (por volta de 15€ por uma garrafa de 375ml), mas com uma relação qualidade/preço razoável. Sim não é um vintage com 20 ou 30 anos....mas...ser proveniente de apenas uma quinta no universo Ramos Pinto tem as suas vantagens.

Seguiu a primeira refeição de Bacalhau digna do nome que consegui obter em um mês e meio nestas paragens....e portanto a análise pode estar polarizada:)

Acompanhou polvorones...os autóctones dizem que combinou bem...eu por mim este Porto acompanhava bem era só a conversa animada que se seguiu..

domingo, 10 de outubro de 2010

A gente não lé


A versão do Rui Veloso de musica "a gente não lé" é uma das minhas musicas favoritas de sempre. Descobri agora uma outra versão...daquelas que toca.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

100 anos depois!

Faz hoje cem anos que o movimento republicano venceu na rua a monarquia!

100 anos de muitas decisões acertadas e de muitos erros, mas acima de tudo na nossa história.

Deixo rendida a minha homenagem (não sendo um republicano convicto) aqueles que em 1910 fizeram o que pensaram ser o melhor pela nação.


sexta-feira, 1 de outubro de 2010

As voltas que a vida da!


Na primavera de 2001, com 17 anos rumei a Loret del Mar. Como qualquer aluno do 12º de Portugal, procurava a primeira semana fora da familia! Uma aventura! Naquele tempo, as miudas eram a nossa principal preocupação!

Enquanto estava em Loret del Mar surgiu a hipotese de irmos ao Port Aventura. Port Aventura é um parque de diversões (um pouco a semelhança da Disneylandia Paris mas sem a marca associada). Nunca chegamos a ir...a praia era mais importante!

Nunca mais ouvi falar deste parque, nunca mais o nome surgiu....

Passados mais de 9 anos, hoje discuti um caso na aula de Marketing aqui no IESE. Advinhem qual era o tema? Port Aventura e as suas opções!