
Ao iniciar-se a ultima década do século XIX, a indignação pairava por todo o país. A humilhação à mãos de Inglaterra acerca do mapa cor-de-rosa deixara marcas na sociedade portuguesa...um pouco por todo o lado o Partido Republicano ganhava terreno...
Na madrugada do dia 31 de Janeiro de 1891, 3 regimentos das Forças Armadas sediados no Porto, incitados pelos seus Sargentos revoltam-se e saem...o objectivo é a implantação da República...que chega a ser proclamada na janela da Câmara Municipal do Porto por Alves da Veiga.
No entanto, faltava à acção uma hierarquia capaz de transformar o pronunciamento numa revolução vitoriosa...as tropas revoltosas acompanhadas por civis, ao subir a então Rua de Santo António...encontram a Guarda Municipal, leal ao Rei. Sem meias medidas e demonstrando uma eficácia brutal, a bem equipada e melhor organizada formação, abre fogo sobre os revoltosos que são imediatamente desbaratados...ficam no terreno 12 mortos e 40 feridos...
Mais tarde, os revoltosos, principalmente o Capitão Leitão (oficial mais graduado envolvido na revolta) enfrentaram o Conselho de Guerra onde a sua certeza de serviço à Pátria foi patente.
Foram precisos quase mais 20 anos para que uma revolução republicana tivesse sucesso....e mesmo ai...o verdadeiro sonho republicano foi sol de pouca dura...o radicalismo jacobino impôs a sua lei...mas isso são outras estórias...
Sobre este tema, fica aqui a referência a um livro que li a alguns anos: A Revolução Portuguesa - O 31 de Janeiro de Jorge d'Abreu, embora advertindo que o autor é um pouco parcial, oferece uma descrição dos acontecimentos daquele dia da História de Portugal.
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